O cupinzeiro é uma maravilha da engenharia. Mesmo para os
humanos atuais, cujas construções chegam a quase tocar o céu, o cupinzeiro é
algo impressionante. Há vários mistérios sobre os cupinzeiros, desde a maneira
exata e coordenada que os cupins o constroem, até a habilidade de controlar a
temperatura e umidade internas.
Cupinzeiros são mesmo intrigantes, especialmente em
consideração ao tamanho individual do cupim. Cupinzeiros podem atingir cinco
metros de altura, bastante impressionante para uma criatura de apenas alguns
milímetros!
Uma pessoa que passou a maior parte de sua vida adulta
tentando entender a construção dos cupinzeiros é J Scott Turner, ele é
professor de fisiologia animal no SUNY College of Enviromental Science and
Forestry em Syracuse (Nova York), e ele trabalhou por mais de um quarto de século nesse
mistério, fazendo de tudo, desde injetar gás propano nos cupinzeiros a
escaneá-los com laser para tentar descobrir a verdade.
Uma das principais questões em relação aos cupinzeiros é
como os cupins sabem o que fazer. O cupinzeiro é como um canteiro de obras sem
mestre de obras ou engenheiro chefe. Como cada cupim sabe o que fazer e onde
fazer? Essa pergunta tem inquietado Turner, e outros, por muito tempo. Há algum
projeto do cupinzeiro na cabeça de cada cupim, algum instinto evolucionário que
se impõe sobre eles?
Turner não apenas passou anos escaneando e sondando os
cupinzeiros, mas também fez simulações em computadores para ajudá-lo a entender
o que os cupins estão fazendo. Com esses modelos e seu extenso trabalho de
campo, Turner está começando a compreender o mistério.
Essencialmente, ele acredita que os cupins possuem uma
“planta baixa” do cupinzeiro, cada cupim é programado para seguir simples
regras que os ajuda a compreender como implementar o projeto. Eles utilizam
feromônios para comunicar as diferentes ações de cada cupim, e cada cupim
possui uma compreensão inata de cada ação a fazer dependendo do contexto. Como
as simulações em computadores mostraram, com regras bem básicas, pode-se chegar
a um resultado complexo: o cupinzeiro.
O trabalho não termina quando o cupinzeiro está pronto, ele
é constantemente mantido pela colônia. Por exemplo, Turner utiliza uma broca
para retirar uma amostra de 15 centímetros de profundidade e cinco
centímetros de largura do cupinzeiro; dentro de segundos, os cupins acorrem ao
lugar e começam a reparar a brecha. Turner acredita que os cupins são capazes
de sentir a mudança de pressão no ar, temperatura e umidade, o que os ajuda a
localizar o buraco.
A colônia de cupins está constantemente trabalhando para
manter o cupinzeiro em condições perfeitas. Isso porque o cupinzeiro não é
apenas uma espécie de apartamento para cupins, mas funciona como um sistema de ar condicionado, garantindo suas vidas e de sua rainha ao manter a temperatura e
umidade na medida certa.
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